quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Mirante encantado!


No alto, no pico de montanhas, imensos morros cobertos pela beleza natural de plantas verdes, sinalizadas pelo colorido de raras flores, onde escorrem pedras para compor um chão sólido oferecendo suporte aos pés que deslizam em busca de espaço para conciliar corpos, mirar olhares e iluminar almas.
Um encontro, uma oportunidade para quem tem necessidade de compartilhar afinidades onde a sensibilidade de ser e estar consigo mesmo esta acima de qualquer desejo.
Somos a prova de que nossos anseios desejos são jogados ao ar através do pensamento, embora na maioria das vezes não tenhamos consciência de que estamos fazendo isso. Nossa ação flui pelo ar e voa, podendo encontrar-se com outros pensamentos afins, que também foram espalhados pelo ar, e no momento certo, quando disparam semelhanças energéticas encontram-se para  crescer interiormente. Esta forma de pensar de sentir se espalha como carícias, pois nutre o bem estar, a natureza essencial do VIVER!
A primeira vista é o impacto de estarmos em um lugar que oferece um horizonte infinito de olhares, onde nos deixamos levar pela imaginação, pensamento e corpo dilacerando-se em vôos não só imaginários, mas sim reais. Reais sim, pois o momento esta sendo vivenciado. Sentir a vida pulsando dentro de ti, tomando conhecimento de que ela existe dentro e fora de você, isto é viver!
O vento soprava forte pronunciando-se com uma brisa fria, pois o dia acaba de amanhecer. As nuvens escondiam o sol, pois queriam desfrutar a maior parte do céu. Elas dançavam enquanto juntavam-se e formavam grupos diversos de cores e forças seguidas pela brisa fria e às vezes até gelada do vento.
Sentada em uma gigante pedra pude perceber que sob meus olhos desnudavam-se muitas paisagens, entre elas a morosidade suave das águas do mar, que naquele momento parece que se elevaram de paz para saudar o nosso precioso dia. As ondas não apresentavam movimentos intensos, eram tão suaves que não ouvíamos, mas sentíamos.
Havia um encontro de paisagens que formavam um único quadro. Mar, areia, montanhas, morros, mata verde, pedras, nuvens, prédios, casas, barcos, aves, flores, pescadores, praias, redes e dois corpos, eu e você. Pertencíamos a um único contexto rabiscado pelas forças do vento e construído pelo afeto de nosso olhar e carinho da alma. Não havia passado, nem futuro, mas sim o presente, um momento de inovações.
A máquina fotográfica sentia-se inebriada e com o foco sempre em postura de clic para que estes momentos não fossem despercebidos e que marcassem também no digital e papel a força da beleza avistada.
Os corpos entorpecidos pelo esplendor do olhar embalavam-se com o frescor do vento que hora precisava ser abrigado pelo agasalho e hora pelo afago de um carinho. No abraço uma sustentação, uma proteção, um abrigo onde o silêncio falava o que as palavras e nem a mente conseguiam explicar, mas para que explicar se o viver ultrapassa qualquer entendimento. Os beijos aqueciam a sensação de estarmos juntos e conectados na mesma paisagem. Os olhares fascinados com a vista e com a presença, enquanto compartilhavam celebravam a existência deste encontro. Uma  incógnita se mostrando. Entender não é preciso, pois a afirmação do viver se fez. E como VIVEMOS!
È, um dia outra paisagem nos uniu, a virtualidade que foi atraída a princípio pela paisagem de uma foto e posteriormente pelas palavras escritas e logo a seguir pela tonalidade de vozes e conseqüentemente pelo encontro de corpos. E fomos parar no pico da montanha......
Tem coisas que não conseguimos explicar por mais que palavras possam se unir se cruzar, se contrapor, se justificar, deixe o tempo marcar.....

Tudo acontece como tem que acontecer, tudo se passa na hora q tem que passar, não nos cabe forçar ou apressar acontecimentos! São nossas ações, posturas diante de contradições atropelos de vida que vem ornamentar com belos momentos nossos dias em momentos que não planejamos. Recebemos de presente!
Você foi um presente lindo que a vida me deu!!! Por isso celebro e agradeço a cada instante vivido!
Você entrou de uma forma virtual em minha vida,
Eu não acreditava que a virtualidade oferecesse encontros assim,
Mas, chega você para desmistificar, afirmar e dizer:
Acolhemos, enquanto somos acolhidos,
Pelas afinidades, pelo bem estar, pela alegria
Em momentos únicos que devem ser vividos,
Engrandecidos e compartilhados.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mais uma vez amor!


Minha sensibilidade a flor da pele e junto com ela o amor que vibra dentro de mim por um ser encantador. Procuro alimentar  atos e atitudes que refletem o AMOR, pois eu sou o amor e quero sempre ser e estar assim. Amar deste jeito  é algo  maravilhoso, por isso quero viver cada minuto, alimentar dentro de mim este amor quanto estou ou não com você.

Quanto estou contigo estou por inteira,
quando não estou contigo, tenho você em mim a cada segundo!
O desejo arde  no peito,
fica borbulhando no corpo,
acende as veias,
faz tremer o coração,
o prazer é intenso,
na evolução de um bem estar,
um AMOR sem limites.
Quando nos unimos, 
somos o AMOR na mais pura integridade!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Quando se ama!

“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida”.
“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós”.(Clarice Lispector).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Nós SOMOS, nos fizemos e nos REFLETIMOS!

Você me faz ainda mais mulher,
Oferecendo-me prazeres sem limites,
Instiga meus desejos, acalenta meus sonhos,
Suprime minhas vontades,
Oferece-me banhos de carinho,
Suga-me com intensidade,
Eleva minha auto-estima,
Me desperta para a vida,
Oferece-me colo,
Beija-me com efervescência,
Abraça-me sempre e sempre mais.
Sou sua, quero ser sempre sua,
Não há ninguém capaz
De despertar desejo em mim,
Desejo você e mais ninguém!
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca".
(Carlos Drummond de Andrade.)

Véus de VIVER...

"TOQUE DE VELUDO, RUIDO DE SEDA, BRILHO NA PELE, SORRISO NO OLHAR, APERTO NO PEITO, É ELE O AMOR"!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Você que me incentivou...Você que me criticou...






Encontros, desencontros, momentos...

Olhares, gestos, palavras, sentimentos,
Sensibilidade, simplicidade,
humildade, desejos.

Obstáculos, lutas,
Dores compartilhadas,
Fortalecimento, crescimento,
Aprendizagens, experiências.

A troca nobre de sentimentos,
um universo de diversidades,
unem caminhos, entrelaçam afinidades
Tecem redes de energias que se conectam
E bordam tapetes coloridos
De um amor sem fim.

VOCÊS...que tocaram delicadamente pétalas da minha vida e com os quais aprendi que “Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar”.

Delicadas Relações - O livro



O livro “Delicadas Relações – Educação/Homossexualidade/Cinema”, emergiu da dissertação de mestrado defendida na Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI, em 2008 com orientação da professora Dra. Solange Puntel Mostafa.

O desafio assumido foi articular o dispositivo da sexualidade e o filme Delicada relação como dispositivo pedagógico, identificando em que momentos o filme confirma ou resiste ao dispositivo da sexualidade, além de verificar como os efeitos da verdade sobre a sexualidade foram construídos através dos tempos, repercutindo no espaço escolar. A intenção foi fazer uma aliança entre comunicação e educação, trazendo em foco questões relacionada a filmes e homossexualidade.

Este livro é dedicado a todos que buscam incansavelmente, pelo toque delicado de um amor sem fronteiras, pois é uma homenagem a um grande amigo, por isso a poesia ressoa e mantém um contato poético com o leitor. A poesia entra em cena tanto na seleção do filme analisado como nas cenas observadas trazendo a vida em primeiro plano. Pois não é o enredo do filme, com seus personagens que interessam, mas o campo de problematização que a experiência vivida no filme permite pensar.

A dominação sobre a vida é apresentada ao leitor na mesma medida em que a vida pulsa na câmera detalhista da autora.

Ely Dolores Martini – Pedagoga, Publicitária, Pesquisadora em cinema, sexualidade e diversidades. Graduou-se em Pedagogia e Comunicação Social Publicidade e Propaganda. Especializou-se em Teoria e Metodologia Área de Concentração em Educação e é Mestre em Educação pela UNIVALI.



Dispositivo Pedagógico & Dispositivo da sexualidade - Uma Delicada Relação


RESUMO

Ao analisarmos o filme “Delicada Relação”, não é o enredo com seus personagens que interessam, mas o campo de problematização que a experiência vivida no filme permite pensar. A experiência do filme é pensada desde o conceito de dispositivo da sexualidade de Foucault. E o desafio é cruzar o dispositivo da sexualidade com o dispositivo pedagógico no sentido de fazer ver e falar através da imagem-movimento, identificando em que momentos o filme e a fala confirmam ou resistem ao dispositivo da sexualidade. Para tal, foram selecionadas e analisadas quatro cenas temáticas do filme e a recepção de um grupo focal de oito alunas do mestrado em educação da UNIVALI- Itajaí- SC. Elegemos a filosofia de Michel Foucault como maior referência, mas abordaremos também Larrosa, Deleuze, Louro e Fischer. Trata-se de um procedimento metodológico dotado de aspectos qualitativos e observação participativa na análise do filme e também na recepção. O processo de análise das cenas temáticas conta com a especificidade da linguagem cinematográfica articulada pelos três atos: enquadramento, decupagem e montagem. Ao tomarmos o filme como objeto desta análise, entendemos que esta delicada relação, no seu todo, na sua existência, de alguma forma resiste ao dispositivo da sexualidade ao mesmo tempo em que o confirma. O filme em si, a proposta da pesquisa, coloca a sexualidade em discurso. Há um jogo de articulação dos dispositivos na regulamentação da sexualidade. Essas observações foram apontadas tanto na análise do grupo focal quanto nas cenas do filme. O que interessou colocar em discussão neste estudo, não foi buscar uma realidade única e correta de ver e falar sobre as coisas, mas analisar o que é possível conhecer, desconhecer, ignorar pelas dimensões do dispositivo da sexualidade e do dispositivo pedagógico. O filme não é uma crítica ao dispositivo da sexualidade e nem mesmo à homossexualidade. É um convite a reencontrá-los entre tantos gestos e movimentos possíveis. Assim, a possibilidade de um filme com esta temática na educação, pode fazer emergir maneiras de se pensar, abrir-se para a transposição de conceitos de tal forma que possam absorver, falar sobre a vida de si e para si.

PALAVRAS CHAVE: filme; dispositivo pedagógico; dispositivo da sexualidade; homossexualidade.