quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Você que me incentivou...Você que me criticou...






Encontros, desencontros, momentos...

Olhares, gestos, palavras, sentimentos,
Sensibilidade, simplicidade,
humildade, desejos.

Obstáculos, lutas,
Dores compartilhadas,
Fortalecimento, crescimento,
Aprendizagens, experiências.

A troca nobre de sentimentos,
um universo de diversidades,
unem caminhos, entrelaçam afinidades
Tecem redes de energias que se conectam
E bordam tapetes coloridos
De um amor sem fim.

VOCÊS...que tocaram delicadamente pétalas da minha vida e com os quais aprendi que “Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar”.

Delicadas Relações - O livro



O livro “Delicadas Relações – Educação/Homossexualidade/Cinema”, emergiu da dissertação de mestrado defendida na Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI, em 2008 com orientação da professora Dra. Solange Puntel Mostafa.

O desafio assumido foi articular o dispositivo da sexualidade e o filme Delicada relação como dispositivo pedagógico, identificando em que momentos o filme confirma ou resiste ao dispositivo da sexualidade, além de verificar como os efeitos da verdade sobre a sexualidade foram construídos através dos tempos, repercutindo no espaço escolar. A intenção foi fazer uma aliança entre comunicação e educação, trazendo em foco questões relacionada a filmes e homossexualidade.

Este livro é dedicado a todos que buscam incansavelmente, pelo toque delicado de um amor sem fronteiras, pois é uma homenagem a um grande amigo, por isso a poesia ressoa e mantém um contato poético com o leitor. A poesia entra em cena tanto na seleção do filme analisado como nas cenas observadas trazendo a vida em primeiro plano. Pois não é o enredo do filme, com seus personagens que interessam, mas o campo de problematização que a experiência vivida no filme permite pensar.

A dominação sobre a vida é apresentada ao leitor na mesma medida em que a vida pulsa na câmera detalhista da autora.

Ely Dolores Martini – Pedagoga, Publicitária, Pesquisadora em cinema, sexualidade e diversidades. Graduou-se em Pedagogia e Comunicação Social Publicidade e Propaganda. Especializou-se em Teoria e Metodologia Área de Concentração em Educação e é Mestre em Educação pela UNIVALI.



Dispositivo Pedagógico & Dispositivo da sexualidade - Uma Delicada Relação


RESUMO

Ao analisarmos o filme “Delicada Relação”, não é o enredo com seus personagens que interessam, mas o campo de problematização que a experiência vivida no filme permite pensar. A experiência do filme é pensada desde o conceito de dispositivo da sexualidade de Foucault. E o desafio é cruzar o dispositivo da sexualidade com o dispositivo pedagógico no sentido de fazer ver e falar através da imagem-movimento, identificando em que momentos o filme e a fala confirmam ou resistem ao dispositivo da sexualidade. Para tal, foram selecionadas e analisadas quatro cenas temáticas do filme e a recepção de um grupo focal de oito alunas do mestrado em educação da UNIVALI- Itajaí- SC. Elegemos a filosofia de Michel Foucault como maior referência, mas abordaremos também Larrosa, Deleuze, Louro e Fischer. Trata-se de um procedimento metodológico dotado de aspectos qualitativos e observação participativa na análise do filme e também na recepção. O processo de análise das cenas temáticas conta com a especificidade da linguagem cinematográfica articulada pelos três atos: enquadramento, decupagem e montagem. Ao tomarmos o filme como objeto desta análise, entendemos que esta delicada relação, no seu todo, na sua existência, de alguma forma resiste ao dispositivo da sexualidade ao mesmo tempo em que o confirma. O filme em si, a proposta da pesquisa, coloca a sexualidade em discurso. Há um jogo de articulação dos dispositivos na regulamentação da sexualidade. Essas observações foram apontadas tanto na análise do grupo focal quanto nas cenas do filme. O que interessou colocar em discussão neste estudo, não foi buscar uma realidade única e correta de ver e falar sobre as coisas, mas analisar o que é possível conhecer, desconhecer, ignorar pelas dimensões do dispositivo da sexualidade e do dispositivo pedagógico. O filme não é uma crítica ao dispositivo da sexualidade e nem mesmo à homossexualidade. É um convite a reencontrá-los entre tantos gestos e movimentos possíveis. Assim, a possibilidade de um filme com esta temática na educação, pode fazer emergir maneiras de se pensar, abrir-se para a transposição de conceitos de tal forma que possam absorver, falar sobre a vida de si e para si.

PALAVRAS CHAVE: filme; dispositivo pedagógico; dispositivo da sexualidade; homossexualidade.