No alto, no pico de montanhas, imensos morros cobertos pela beleza natural de plantas verdes, sinalizadas pelo colorido de raras flores, onde escorrem pedras para compor um chão sólido oferecendo suporte aos pés que deslizam em busca de espaço para conciliar corpos, mirar olhares e iluminar almas.
Um encontro, uma oportunidade para quem tem necessidade de compartilhar afinidades onde a sensibilidade de ser e estar consigo mesmo esta acima de qualquer desejo.
Somos a prova de que nossos anseios desejos são jogados ao ar através do pensamento, embora na maioria das vezes não tenhamos consciência de que estamos fazendo isso. Nossa ação flui pelo ar e voa, podendo encontrar-se com outros pensamentos afins, que também foram espalhados pelo ar, e no momento certo, quando disparam semelhanças energéticas encontram-se para crescer interiormente. Esta forma de pensar de sentir se espalha como carícias, pois nutre o bem estar, a natureza essencial do VIVER!
A primeira vista é o impacto de estarmos em um lugar que oferece um horizonte infinito de olhares, onde nos deixamos levar pela imaginação, pensamento e corpo dilacerando-se em vôos não só imaginários, mas sim reais. Reais sim, pois o momento esta sendo vivenciado. Sentir a vida pulsando dentro de ti, tomando conhecimento de que ela existe dentro e fora de você, isto é viver!
O vento soprava forte pronunciando-se com uma brisa fria, pois o dia acaba de amanhecer. As nuvens escondiam o sol, pois queriam desfrutar a maior parte do céu. Elas dançavam enquanto juntavam-se e formavam grupos diversos de cores e forças seguidas pela brisa fria e às vezes até gelada do vento.
Sentada em uma gigante pedra pude perceber que sob meus olhos desnudavam-se muitas paisagens, entre elas a morosidade suave das águas do mar, que naquele momento parece que se elevaram de paz para saudar o nosso precioso dia. As ondas não apresentavam movimentos intensos, eram tão suaves que não ouvíamos, mas sentíamos.
Havia um encontro de paisagens que formavam um único quadro. Mar, areia, montanhas, morros, mata verde, pedras, nuvens, prédios, casas, barcos, aves, flores, pescadores, praias, redes e dois corpos, eu e você. Pertencíamos a um único contexto rabiscado pelas forças do vento e construído pelo afeto de nosso olhar e carinho da alma. Não havia passado, nem futuro, mas sim o presente, um momento de inovações.
A máquina fotográfica sentia-se inebriada e com o foco sempre em postura de clic para que estes momentos não fossem despercebidos e que marcassem também no digital e papel a força da beleza avistada.
Os corpos entorpecidos pelo esplendor do olhar embalavam-se com o frescor do vento que hora precisava ser abrigado pelo agasalho e hora pelo afago de um carinho. No abraço uma sustentação, uma proteção, um abrigo onde o silêncio falava o que as palavras e nem a mente conseguiam explicar, mas para que explicar se o viver ultrapassa qualquer entendimento. Os beijos aqueciam a sensação de estarmos juntos e conectados na mesma paisagem. Os olhares fascinados com a vista e com a presença, enquanto compartilhavam celebravam a existência deste encontro. Uma incógnita se mostrando. Entender não é preciso, pois a afirmação do viver se fez. E como VIVEMOS!
È, um dia outra paisagem nos uniu, a virtualidade que foi atraída a princípio pela paisagem de uma foto e posteriormente pelas palavras escritas e logo a seguir pela tonalidade de vozes e conseqüentemente pelo encontro de corpos. E fomos parar no pico da montanha......
Tem coisas que não conseguimos explicar por mais que palavras possam se unir se cruzar, se contrapor, se justificar, deixe o tempo marcar.....
Você foi um presente lindo que a vida me deu!!! Por isso celebro e agradeço a cada instante vivido!
Você entrou de uma forma virtual em minha vida,
Eu não acreditava que a virtualidade oferecesse encontros assim,
Mas, chega você para desmistificar, afirmar e dizer:
Acolhemos, enquanto somos acolhidos,
Pelas afinidades, pelo bem estar, pela alegria
Em momentos únicos que devem ser vividos,
Engrandecidos e compartilhados.